Setores

Página inicial

Programas de fundações

Grupo de discussões

Links

Sobre o site

Construção civil

Alvenaria

Elétrica

Hidráulica

Estrut. metálicas

Gabiões

Fundações

Tabelas

Materiais

Planejamento

Poluição

Arquitetura

Eng civil

Terreno Vergas Aditivos

Projeto Pintura Limites
Construção Impermeabilização Aprovação
Lastros Portas Janelas

Umidade do solo Documentos Dosagem

Água Aspectos legais Economia

Concreto Piscina Prejudicial

Trincas no gesso Azulejos

Dicas de construção - Prejudicial

O concreto é um produto composto por cimento, areia, brita, água e aditivos.
      A chamada pasta do concreto ou da argamassa é a mistura de cimento e água.
      Embora elemento necessário, a água pode ser um grande inimigo do concreto se utilizada indevidamente. Existem dois pontos que devem ser analisados: a quantidade e a qualidade da água empregada.
      A água tem fundamental importância no concreto, visto que o cimento, quando hidratado, sofre uma reação química exotérmica (emite calor) que resulta no seu endurecimento. Entretanto quando existe na massa do concreto mais água do que o cimento necessita para endurecer, este excesso não é absorvido na reação e “sobra” água no concreto.
      Quando o concreto ainda se encontra na fase plástica, concreto fresco, uma parte desse excedente de água migra do interior para a superfície da massa do concreto, formando canalículos no seu interior. Depois de endurecido e da perda de toda a água de amassamento por evaporação, o concreto apresenta vazios no formato de bolhas e canalículos, que são os responsáveis pela redução de resistência e impermeabilidade do concreto.
      Abaixo apresentamos o resultado de ensaios feitos pelos professores Paulo Helene e Paulo Terzian, ambos pesquisadores da IPT/USP, em que foram comparadas diversas amostras de mesmo traço, variando apenas a relação água/cimento, onde pode-se observar a grande influência desse fator na resistência no concreto ou da argamassa.
      O fator água/cimento ( a/c) é a relação entre o peso da água e do cimento empregados na mistura.

Tipo e classe
do cimento

Fator a/c
(kg/kg)

Resist. média à compressão em MPa para idade de

3 dias

7 dias

28 dias

91 dias

CP32

0,38
0,48
0,58
0,68
0,78

23,1
16,7
12,0
8,7
6,3

31,1
23,8
18,1
13,8
10,6

42,2
34,3
27,9
22,7
18,4

49,8
41,8
35,0
29,3
24,6

AF32

0,38
0,48
0,58
0,68
0,78

20,7
14,2
9,7
6,6
4,5

30,7
22,8
17,0
12,6
9,4

50,2
39,8
31,6
25,1
19,9

61,5
50,9
42,2
35,0
29,0


      Por isso deve ser respeitado o fator água/cimento estabelecido no projeto para o traço que se deseja utilizar e consequentemente para a resistência que se deseja obter.
      Quanto à qualidade da água empregada, esta é de fundamental importância principalmente no concreto armado, onde a presença de cloretos pode provocar corrosões importantes das armaduras.
      Além da água de amassamento o problema da utilização de águas não potáveis também se torna grave na cura dos concreto, devido à sua constante renovação.
      Existe um dito popular no meio da construção civil, de que "a água boa para o concreto é aquela que se pode beber". Embora com um certo rigor esse cuidado pode e deve ser tomado quando não se dispõe de uma análise química da água a ser empregada.
      De acordo com a NBR-6118, a água a ser empregada no preparo do concreto deverá ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas, presumindo- se satisfatórias as águas potáveis e as que possuam pH entre 5,8 e 8,0 e respeitam os seguintes limites máximos:

 matéria orgânica
· (expressa em oxigênio consumido ) .............3 mg/1
 resíduo sólido
· .............................................. 500 mg/1
 sulfatos (
· expresso em íons SO4 ) ........................... 300 mg/1
 cloretos (
· expressos em íons C1- ) .......................... 500 mg/1
 açúcar
·
.................................................. ..... 5 mg/1

      Os limites acima incluem as substâncias trazidas ao concreto pelos agregados.
      No caso de não ser atendido qualquer dos limites, a água só poderá ser utilizada se obedecer a recomendações e limites decorrentes de estudos prévios em laboratório nacional idôneo.

Fonte: Eng. Luiz Carlos Thiers Silva

 

 

 

 

 

 

 

 

Site Engenharia.com.br - 2004

Copyrigkt © 2004. Site Engenharia. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo contido.