A
estaca hélice contínua é uma estaca de concreto
moldada "in loco", executada por meio de
trado contínuo e injeção de concreto através
da haste central do trado simultaneamente a sua
retirada do terreno.
Metodologia executiva -
Perfuração
A
perfuração consiste em fazer a hélice penetrar
no terreno por meio de torque apropriado para
vencer a sua resistência.
A haste de perfuração é composta por uma
hélice espiral solidarizada a um tubo central,
equipada com dentes na extremidade inferior que
possibilitam a sua penetração no terreno.
A metodologia de perfuração permite a sua
execução em terrenos coesivos e arenosos, na
presença ou não do lençol freático e atravessa
camadas de solos resistentes com índices de STP`s
acima de 50 dependendo do tipo de equipamento
utilizado.
A velocidade de perfuração produz em média 250m
por dia dependendo do diâmetro da hélice, da
profundidade e da resistência do terreno.
Concretagem
Alcançada
a profundidade desejada, o concreto é bombeado
através do tubo central, preenchendo
simultaneamente a cavidade deixada pela hélice
que é extraída do terreno sem girar ou girando
lentamente no mesmo sentido da perfuração.
O concreto normalmente utilizado apresenta
resistência característica fck de 18 Mpa, é
bombeável e composto de areia, pedriscos ou brita
1 e consumo de cimento de 350 a 450 Kg/m3,
sendo facultativa a utilização de aditivos.
O abatimento ou "Slump" é mantido entre
200 e 240mm. Normalmente é utilizada bomba de
concreto ligada ao equipamento de perfuração
através de mangueira flexível. O preenchimento
da estaca com concreto é normalmente executado
até a superfície de trabalho sendo possível o
seu arrastamento abaixo da superfície do terreno
guardadas as precauções quanto a estabilidade do
furo no trecho não concretado e a colocação da
armação.
Colocação da armação
O
método de execução da estaca hélice contínua
exige a colocação da armação após a sua
concretagem.
A armação, em forma de gaiola, é introduzida na
estaca por gravidade ou com o auxílio de um
pilão de pequena carga ou vibrador. As estacas
submetidas a esforços de compressão levam uma
armação no topo, em geral de 2 a 5,5m de
comprimento. No caso de estacas submetidas a
esforços transversais ou de tração, somente
será possível para comprimentos de armações de
no máximo 16m, m função do método construtivo.
No caso de armações longas, as
"gaiolas" devem ser constituídas de
barras grossas e estribo espiral soldado na
armação longitudinal para evitar a sua
deformação durante a introdução no fuste da
estaca.
Equipamentos
O
equipamento empregado pela Fundesp para cravar a
hélice no terreno é constituido de um guindaste
de esteiras, sendo nele montada a torre vertical
de altura apropriada à profundidade da estaca,
equipada com guias por onde corre a mesa de
rotação de acionamento hidráulico. Os
equipamentos disponíveis permitem executar
estacas de no máximo 25m de profundidade e
inclinação de até 1:4 (H:V)
Controle executivo
Para
controlar a pressão de bombeamento do concreto, a
Fundesp possui instrumento medidor digital, que
informa todos os dados de execução da estaca,
tais como: inclinação da haste, profundidade da
perfuração, torque e velocidade de rotação da
hélice, pressão de injeção, perdas e consumo
de concreto. Os parâmetros indicados no mostrador
digital são registrados e fornecidos a um
microcomputador para aplicação de software que
imprime o relatório da estaca com as
informações obtidas no campo.
Em
centros urbanos, próximo a estruturas
existentes, escolas, hospitais e edifícios
históricos, por não produzir distúrbios ou
vibrações e de não causar descompressão do
terreno.
Em
obras industriais e conjuntos habitacionais
onde, em geral, há um grande número de
estacas sem vibrações de diâmetros pela
produtividade alcançada.
Como
uma estrutura de contenção, associada ou não a
tirantes protendidos, próximo à estruturas
existentes, desde que os esforços transversais
sejam compatíveis com os comprimentos de
armação permitidos.